10 Dicas para encontrar Voos Baratos

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Há uma pergunta que me fazem várias vezes: “onde arranjas os voos baratos?”. Ser Turista Comodista não significa gastar uma fortuna em viagens! Pelo contrário: adoro encontrar formas de tornar as viagens acessíveis, sem comprometer a qualidade e a experiência. O verdadeiro desafio está em garantir o melhor preço e, para isso, é necessário conhecer as ferramentas certas, ser flexível nas datas e destinos e saber como monitorizar as flutuações de preços. Neste artigo, vou partilhar contigo as melhores dicas e truques para encontrares voos sem gastar mais do que o necessário.

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    1. Flexibilidade nas Datas

    Uma das maneiras mais eficazes de encontrar voos baratos é ter flexibilidade nas datas. Muitas vezes, ao alterar apenas 1 ou 2 dias da data de partida ou chegada, o preço pode cair para metade ou até menos. Por exemplo, um voo na sexta-feira pode ser muito mais caro do que o mesmo voo na quinta-feira ou no sábado. Ao teres essa flexibilidade, podes explorar uma gama maior de opções e preços mais acessíveis.

    Muitas plataformas, como o Google Flights ou o Momondo, oferecem funcionalidades de visualização de preços por datas ou com código de cores, que te ajudam a identificar rapidamente as datas mais baratas para viajar. Aproveita essa flexibilidade para maximizar a economia da tua viagem!

    2. Viajar na época certa

    Viajar na época certa pode fazer uma enorme diferença no preço e na qualidade da tua experiência. A alta temporada costuma ser mais cara, com mais turistas mas clima mais previsível. Já a época baixa oferece preços mais baixos e menos turistas, mas é essencial verificar as condições climatéricas, pois alguns destinos não são tão atrativos fora da sua temporada ideal.

    ☀️ Alta Temporada vs. ❄️ Baixa Temporada

    A alta temporada não é apenas cara, mas também cheia de turistas. Por exemplo, se viajares para o Brasil no Carnaval ou para a Grécia durante o pico de verão, vais encontrar preços mais elevados e muito mais gente. Já a baixa temporada oferece preços mais acessíveis, mas há destinos que ficam menos interessantes, como as Maldivas durante a época de monções. Aqui, a pesquisa é essencial, pois o que parece um bom preço pode resultar numa viagem menos agradável.

    🌤️ Shoulder Season

    A shoulder season (época intermédia) é o período entre a alta e a baixa temporada. Viajar neste período oferece o melhor dos dois mundos: menos turistas e preços mais baixos, mas ainda com boas condições climatéricas. Por exemplo, a Grécia durante o mês de junho ou de setembro tem preços mais baixos, menos turistas e temperaturas agradáveis, semelhantes aos meses de pico, mas sem as multidões. Com a vantagem de a água do mar estar mais quente em setembro!

    🌍 Destinos Específicos para Cada Estação

    Alguns destinos têm datas específicas em que são mais interessantes de visitar, como por exemplo:

    🌷 Amesterdão nas últimas semanas de abril: para veres o pico da floração nos campos de tulipas.
    🌊 Lagos e cascatas no início do verão: como as Cascatas de Plitvice na Croácia, onde a água ainda está em abundância.
    🦓 Parques naturais de África: na época das migrações.
    🐋 Islândia em julho para ver o sol da meia noite, baleias, puffins e focas ou no inverno para ver as auroras boreais e visitar as famosas Ice Caves.
    🌸 Tóquio do final de março a início de abril: para veres a floração das cerejeiras.

    Visita a Keukenhof
    Viagem à Croácia

    🌦️ Clima Imprevisível vs. Clima Previsível: quando vale a pena arriscar

    ✅ Arrisca onde o tempo pode surpreender positivamente

    O clima tem-se tornado mais imprevisível, mesmo em destinos onde antes podias contar com bom tempo. Por exemplo, no Algarve, podes apanhar chuva em pleno verão, ou dias de céu limpo em novembro. Com as alterações climáticas, o clima está mais volátil, por isso, viajar em época baixa pode ser uma boa estratégia. Não vale a pena pagar mais por destinos de verão, quando podes ter o mesmo azar com o tempo. Se tens flexibilidade nas datas, a época intermédia pode ser uma escolha inteligente para poupar e aumentar as chances de boas condições, principalmente em escapadinhas a cidades europeias.

    ❌ Evita destinos com monções ou furacões em época de risco.

    Por outro lado, há destinos específicos onde é melhor evitar certas épocas. Não é aconselhável viajar para o México durante a época de furacões (junho a novembro), o Japão durante a temporada de tufões (agosto a outubro), as Maldivas durante a monção (maio a outubro), ou para as Caraíbas e a Califórnia durante a época de furacões e incêndios florestais. Antes de marcar um destino fora da Europa, é essencial fazeres uma pesquisa cuidadosa, pois podes estar a viajar na época de cataclismos!

    ⚠️ Atenção: Se encontrares um voo super barato para o México, cuidado! Pode estar barato porque é a época de furacões. Uma pessoa disse-me que visitou o México em agosto e não gostou muito. Pudera! Quem é que gosta de uma tempestade em férias de praia?

    3. Evitar armadilhas

    🕳️ A armadilha da ida barata

    Quando procuras voos baratos, é fácil cair na tentação de escolher o voo de ida mais barato, especialmente quando encontras promoções irresistíveis de low-costs como EasyJet ou Ryanair, com preços a partir de 14,99€.  Então, é essencial pensar sempre no conjunto ida e volta, e não apenas em um voo individual barato. 

    Esses preços são ótimos se quiseres ficar lá a viver, porque depois só tens voos de regresso a 200€ 🙃

    A chave para evitar essa armadilha é procurar combinações de ida e volta equilibradas que minimizem os custos de ambos os voos. Algumas plataformas permitem ajustar as datas facilmente para encontrares o melhor preço para a viagem num todo. Só interessa abrir promoções de voos de ida e volta, pois muitas vezes as companhias oferecem preços combinados que são mais baratos do que comprar os bilhetes separadamente.

    🕳️ A armadilha dos aeroportos secundários

    Outra armadilha comum é escolher um voo barato para um aeroporto secundário ou distante do centro da cidade. Embora o voo seja barato, o custo e o tempo para chegar ao centro podem ser altos. Antes de marcar, verifica sempre a localização do aeroporto e o tempo que vais precisar para chegar ao destino final, para evitar surpresas indesejadas, como por exemplo o Aeroporto de Stansted (Londres), o Aeroporto de Charleroi (Bruxelas) e o Aeroporto de Beauvais (Paris, França). Este último, por exemplo, fica a cerca de 80 km de Paris. Se apanhares um voo para Paris a 40€ numa escapadinha de fim-de-semana e depois gastas mais 40€ e 3h em transportes para o centro, pode não ser assim tão bom negócio.

    4. Viajar leve

    🎒 Viajar só com mala de mão

    Hoje em dia, as taxas de bagagem podem ser mais caras do que o próprio voo! Se possível, viaja só com mala de mão. No verão, a roupa é leve e ocupa pouco espaço, por isso não precisas de muito. Leva apenas o essencial: escolhe roupas versáteis que combinem entre si, um par de sapatos confortável, um agasalho que se adapte bem e, claro, produtos de higiene em tamanho de viagem. No máximo, opta por mala de cabine para evitar custos extras e imprevistos.

    🔍 Usar filtros para evitar surpresas na hora de comprar

    Se não conseguires evitar a mala de cabine, é essencial filtrar isso logo na pesquisa, antes de decidires o voo. Caso contrário, vais ver preços atrativos, mas sem considerar a mala, e quando chegares à fase de pagamento, vais ser surpreendido com taxas extras que podem duplicar o custo da viagem. Repara na diferença quando pesquiso sem filtros e quando acrescento 1 mala de cabine.

    Se precisas de mala de cabine ou até de mala de porão, pode ser mais vantajoso optar por companhias tradicionais como a TAP ou a Iberia, que já incluem a mala de cabine no preço do bilhete. Ao escolheres estas companhias, evitas as taxas extras de bagagem que muitas vezes são cobradas pelas low-costs, tornando a viagem mais prática e sem surpresas no custo final.

    ⚠️ Repara que, ao pesquisar o mesmo voo com o filtro de mala de cabine ou porão, as melhores opções para as mesmas datas já não vêm de companhias low-cost, mas sim de companhias aéreas de bandeira.

    🧳 Porque nunca levo mala de porão

    Pessoalmente, evito levar mala de porão, a não ser que fosse 2 meses para o sudeste asiático. Além de perder tempo à espera da mala, há sempre o risco de ela se perder, como aconteceu com a minha mãe, que ficou sem as malas numa viagem para um hotel no meio da floresta amazónica, onde só se chegava de barco numa travessia de 1h pelo rio, sem roupa adequada àquela bicharada toda. Fiquei com o trauma por ela (mesmo depois do susto, continua a levar mala de porão) e, se posso viajar com mala de mão ou cabine, evito esse drama, esse peso e o tempo de despacho e recolha de bagagem.

    5. Cuidado com intermediários

    Ao procurar voos baratos, é fácil cair na tentação de usar intermediários como o Kiwi ou outras agências online, até porque às vezes mostram preços bem mais agradáveis do que os das companhias aéreas. No entanto, apesar de eu os usar sempre para pesquisar os voos, nunca marco voos por sites comparadores de preços, marco sempre no site das companhias aéreas.

    📖 story time…

    Em 2024, o Kiwi sugeriu dois voos da easyJet com uma escala de 1h45 entre eles, mas o site da easyJet não permitia comprar os dois voos juntos devido à escala curta. Tinha duas opções: comprar pelo Kiwi ou fazer a compra separada no site da easyJet, mas isso não garante que a companhia se responsabilize em caso de atraso. Optei por usar o serviço Dohop Connections da easyJet, que oferece proteção para conexões e assistência em caso de atraso ou cancelamento. Resultado: o 1º voo atrasou-se, perdi o 2º e, após muita burocracia, fui eu quem teve de pagar tudo (voos, hotéis, refeições para os 6 amigos). Meses depois, e depois de muitos emails, a Dohop reembolsou os custos dos voos, hotel e refeições.

    Fica a lição: sempre que possível, compra diretamente pela companhia aérea, para evitar esses problemas.

    Ao reservar diretamente no site da companhia aérea, tens garantia de apoio e assistência em caso de imprevistos, algo que os intermediários não oferecem ou, se oferecerem, vão dar-te muuuuuito trabalho. Embora algumas promoções pareçam vantajosas, a falta ou demora no suporte pode tornar a experiência frustrante e cara.

    ⌛ Escalas Longas: como aproveitar o tempo a teu favor

    Se não for possível comprar bilhetes combinados, opta por escalas longas. Elas não só oferecem uma margem de segurança extra caso haja atrasos, como também te dão a oportunidade de explorar outra cidade sem custos adicionais, como fiz na minha viagem para as Ilhas Gregas, onde aproveitei uma escala longa em Verona para passear pela cidade.

    Em vez de ficar horas no aeroporto, aproveita para conhecer um novo destino, especialmente se a escala for de 6 horas ou mais. Muitas vezes, companhias aéreas de bandeira e até algumas low-costs oferecem programas de stopover, permitindo alojamento gratuito ou com desconto, o que transforma a tua escala numa verdadeira mini-escapadinha.

    6. Criar alertas de preços

    Uma das melhores formas de garantir que não perdes uma boa oferta de voo é configurar alertas de preços. Depois de testar várias plataformas, acho que o Google Flights e o Momondo são os melhores para este propósito. O Google Flights apresenta atualizações mais frequentes e e o Momondo mostra gráficos de evolução de preços, permitindo ver rapidamente se o preço do voo está a subir ou a descer. Isso torna muito mais fácil decidir quando é o momento certo para comprar, sem ter que estar constantemente a pesquisar. Se quiseres saber mais sobre as vantagens de cada plataforma, consulta o meu artigo sobre os melhores comparadores de voos e marca os teus alertas ativando os sininhos 🔔 nas plataformas agregadoras de voos.

    💡 Dica comodista: Se reparares que os preços dos voos estão a aumentar a cada pesquisa, tenta usar o modo incógnito ou uma VPN no teu navegador. A pesquisa repetida pela mesma rota pode fazer com que o algoritmo perceba a tua intenção de compra e aumente os preços. Já me aconteceu, ao procurar voos para a Grécia, os preços subirem para o dobro durante uns dias, mas ao usar um VPN voltei ao preço original. 

    7. Marcar na altura certa

    A regra comum é comprar com 8 a 10 semanas de antecedência, mas pessoalmente, recomendo marcar com 3 a 5 meses de antecedência se estiveres a planear uma viagem durante a Páscoa, Verão ou épocas de férias escolares

    Se não tiveres certeza de quando comprar, ferramentas como Momondo são ótimas para consultar gráficos de preços médios e ver quando é o melhor momento para reservar. Também podes usar o AirHint para prever se os preços vão subir ou descer. Descobre mais sobre o AirHint no meu artigo de comparadores de voos

    Quando se trata de destinos concorridos, é pouco provável que os preços baixem na época alta.

    💡 Dica comodista: Enquanto esperas por uma descida nos preços dos voos, os preços dos hotéis podem subir ou as melhores ofertas desaparecer. Tentar poupar nos voos pode resultar em perder dinheiro ao reservar o alojamento. Por vezes não compensa.

    Além disso, é importante desfazer o mito de que deixar para a última hora pode ser vantajoso. Às vezes, hotéis preferem manter os preços estáveis, mesmo que isso signifique ter quartos vazios, para não passar a impressão de que os preços são baixos demais. “A mulher de César não basta ser, tem de parecer”. Portanto, em vez de arriscares esperar por uma oferta de última hora, pode ser mais vantajoso garantir o preço mais baixo com antecedência.

    8. Procurar por data e não por destino

    Se não tens o destino fixo e apenas queres aproveitar os melhores preços, uma excelente opção é usar o modo “Explorar” das plataformas de comparação de voos. Escolhes apenas o intervalo de datas e selecionas “qualquer local” no destino e as plataformas vão te mostrar os destinos mais baratos para essa altura.

    É perfeito para quem tem datas fixas mas flexibilidade no destino e quer descobrir opções mais baratas para as datas escolhidas. Se aparecer um destino que seja um excelente negócio naquelas datas, podes aproveitá-lo e deixar a ideia inicial para outra altura.

    9. Aproveitar promoções nas redes sociais

    As redes sociais são uma excelente fonte de promoções de última hora e ofertas especiais. Blogs como o  Secret Flying ou o De Férias também partilham regularmente voos baratos. Seguir as companhias aéreas nas redes sociais também pode ser útil, porque muitas vezes anunciam lá descontos exclusivos e promoções relâmpago.

    Foi numa dessas campanhas que apanhei um grande desconto para Cabo Verde e para a Alsácia. Marquei o voo uma hora depois da promoção ter sido anunciada, enquanto os meus amigos tentaram marcar à hora de almoço e o preço já tinha subido 100€. Podes também assinar as newsletters para receberes ofertas no email e estares sempre em cima do acontecimento.

    10. Acumular e usar milhas

    Quando marcas um voo, é sempre uma boa ideia verificar se a companhia aérea está inserida nalgum programa de fidelização.

    Eu acumulo milhas no programa Miles & More (que inclui companhias como a TAP, Lufthansa e Swiss airlines) e no programa Flying Blue (que inclui Air France e KLM). Essas milhas podem ser usadas para descontos em futuras viagens, upgrades ou outros serviços oferecidos pela companhia. Já consegui um desconto de 150€ com a TAP com as milhas que acumulei no programa Miles & More.

    Mesmo que te esqueças de registar as milhas imediatamente, algumas companhias permitem acumular pontos até um ano após o voo. Fica atento ao prazo e, sempre que comprares bilhetes, verifica se tens direito a acumular milhas num programa desses.

    Usando as estratégias certas, podes encontrar voos incríveis por preços acessíveis!
    Lembra-te de ser flexível nas datas, explorar promoções e utilizar as ferramentas, como alertas de preços e comparadores.
    Com estas dicas, escolhe as opções que tiram o máximo proveito do teu orçamento e aproveita cada viagem ✈️🌍

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